# Deu Catarse# Marley e Eu, de Jonh Grogan

20 setembro 2011

   Oi pessoal, cá estou eu outra vez! Quem visita sempre o blog, sabe que hoje é dia do Li e Registrei, mas fiquei pensando tanto em criar uma nova coluna para o blog, que acabei decidindo estreá-la hoje, aproveitando a deixa deste livro que me tocou profundamente.
Vou explicar para vocês como a coluna funciona: é o seguinte, esta coluna é uma versão especial do Li e Registrei, em que eu posto as resenhas dos livros lidos. Como existem alguns livros que me tiram do normal  e causam uma revolução emocional na minha pessoa, achei que estes deveriam entrar numa coluna específica, por causarem reações igualmente específicas. Então, sempre que um livro me abalar emocionalmente ou mesmo atingir profundamente meu coração, a resenha dele sairá aqui, no "Deu Catarse".
Para quem não sabe o que significa a expressão, vamos aos detalhes abaixo, confiram.

Sobre catarse: Quando ouvimos a palavra catarse logo imaginamos o que ela possa significar. Por ser uma palavra pouco comum no dicionário usual das pessoas, não é natural ou mesmo corriqueiro se ouvir dizer que sentimos catarse, na verdade à primeira vista, nos perguntamos se catarse é de comer, cheirar, vestir ou manusear, afinal nossa ingenuidade não permite associar logo de imediato, catarse a sentimento.

"Segundo Aristóteles, a catarse refere-se à purificação das almas por meio de uma descarga emocional provocada por um drama". (ver fonte)

   Então, levando em consideração esta afirmação filosófica, a catarse pode ser considerada como um “botãozinho interno” que ao ser acionado, provoca uma onda de sensações, liberadas a partir de determinada ação provocadora.
   Toda e qualquer ação que provoque uma descarga de múltiplas emoções pode ser considerada como um momento catártico. E se podemos sentir catarses nos mais diferentes âmbitos, na literatura não seria diferente.
   Pensando nisso, e por razão de algumas catarses sentidas durante as leituras que fiz é que resolvi criar esta coluna, a fim de divulgar as obras que me causaram tamanho sentimento no decorrer ou mesmo no fim de uma história lida, o que eu chamarei aqui de “evento catártico literário”.
   É difícil explicar como é a catarse, mas tentarei ao máximo sintetizar como este evento se revela e como ele estará valendo aqui. Mas vou logo esclarecendo que não é todo livro que provoca tal evento, por que afinal, a catarse é sentida de modo singular, ou seja, não é a mesma coisa que gostarmos muito de determinada coisa.  A catarse é mais que isso, é sentir todos os tipos de emoções possíveis com a leitura, envolver-se, entristecer-se, alegrar-se e acima de tudo sentir algo diferente com aquilo que foi lido, algo do qual não conseguimos explicar, mas que permanece conosco durante muito tempo.
   Eu sempre fui muito envolvida com as leituras que faço, me entrego as histórias, dou risada, choro, fico contente, mas nada se compara aos eventos catárticos que senti ao ler determinadas obras. Sei também que podemos confundir a catarse com um gostar muito, por isso devemos pensar bastante antes de avaliar, se os sentimentos foram aflorados o bastante para que se possa dizer que foi uma catarse.
   Gostar não é o mesmo que ter a obra como parte de você e é este o sentimento mais importante do evento catártico, sentir como se a história de alguma maneira, modificasse algo em nós, purificasse nossa alma e nos desse a sensação de que não foi apenas uma simples leitura, mas sim, um contato pessoal com o enredo, os personagens e por que não dizer, com o próprio autor, já que os sentimentos sentidos em um evento catártico são incalculáveis por aqueles que escrevem. A catarse literária é um encontro íntimo com a obra lida, pois nos permite refletir sobre o que aquelas palavras significaram para nós e o que elas passarão a significar a partir daquele momento.
   Agora que vocês já sabem o que significará a catarse aqui e conheceram a nova coluna do blog, vamos ao motivo que possibilitou a sua criação.


Editora: Prestígio
ISBN: 8599170848
Ano: 2006
Páginas: 268
Classificação:  
Sinopese: John e Jenny tinham acabado de se casar. Eles eram jovens e apaixonados, vivendo em uma pequena e perfeita casa, sem nenhuma preocupação. Jenny queria testar seu talento materno antes de enveredar pelo caminho da gravidez. Ela temia não ter vindo com esse 'dom' no DNA, justamente porque matara uma planta, presente do marido, por excesso de cuidado - afogando-a. Então, eles decidiram ter um mascote. Vão a uma fazenda, escolhem Marley, ao tomar contato com uma ninhada, porque também ficam encantados com a doçura da mãe, Lily; depois têm uma rápida visão do pai, Sammy Boy, um cão rabugento, mal-encarado e bagunceiro. Rezam para que Marley tenha puxado à mãe, porém suas 'preces' não são atendidas. A vida daquela família nunca mais seria a mesma. Marley rapidamente cresceu e se tornou um gigantesco e atrapalhado labrador de 44 kg, um cão como nenhum outro. Ele arrebentava portas por medo de trovões, rompia paredes de compensado, babava nas visitas, apanhava roupas de varais vizinhos e comia praticamente tudo que via pela frente, incluindo tecidos de sofás e jóias. As escolas de adestramento não funcionaram - Marley foi expulso por ter ridicularizado a treinadora. Mas, acima de tudo, o coração de Marley era puro. Marley repartia o contentamento do casal em sua primeira gravidez e sua decepção quando sobreveio o aborto. Ele estava lá quando os bebês finalmente chegaram e quando os gritos de uma adolescente de dezessete anos cortaram a noite ao ser esfaqueada. Marley 'fechou' uma praia pública e conseguiu arranjar um papel num filme de longa-metragem, sempre conquistando corações ao mesmo tempo em que bagunçava a vida de todo mundo. Por todo esse tempo, ele continuou firme, um modelo de devoção, mesmo quando sua família estava quase enlouquecendo. Assim, eles aprenderam que o amor incondicional pode vir de várias maneiras.

  Ao escolher Marley & Eu para ler, nunca imaginei que este livro pudesse tocar tanto meu coração e definitivamente mudar o meu modo de pensar. As páginas bem detalhadas refletem um texto limpo, engraçado, leve e emocionante. É quase impossível ler e não se encantar com a história do cahorro "maluquinho" que mudou definitivamente a vida de John e Jenny.
   Marley chegou à familía com o papel de "teste", já que Jenny queria muito ser mãe, mas se julgava incapaz de cuidar de um bebê, pois até mesmo suas plantinhas morriam com seu excesso de cuidado. Ela e John resolveram então, cuidar de um cachorro no intuito de adquirir mais responsabilidades sobre outro ser, o único problema é que eles não tiveram a cautela de pesquisar qual raça era mais adequada ao estilo de vida que levavam. Deixaram a visão falar mais alto e julgando apenas pela beleza dos labradores que eles encontravam quando caminhavam na praia, decidiram que esta seria a raça ideal para eles e um anuncio foi tudo que precisaram para encontrar aquele que mudaria por completo suas vidas.
   Ficou claro que Marley estava predestinado aquela família, pois se ele tivesse tido a má sorte de ser escolhido por outra, talvez não teria durado tanto. Afinal, Marley não era um exemplo de cachorro, pelo contrário, ele acarrentava todos os atributos de um animal que ninguém gostaria de ter: mal comportado, bagunçeiro, destruidor e comilão, no entanto, Marley tinha um coração gigante, que o tornava um animal explêndido e diferente de todos os outros. O amor por sua família era incondicional, e nos momentos em que John e Jenny mais precisaram, ele sempre estava lá para apoiá-los. 
   Marley era o tipo de cachorro que jamais seria esquecido por qualquer pessoa que o conhecesse e me fez lembrar de como é gratificante ter um ao nosso lado. Sua história, não poderia ser mantida em segredo, não seria justo com ele e nem com o mundo que seria privado de conhecer um ser completamente fiel e amável, com seus defeitos é claro, mas surpreendentemente completo. 
   Fiquei pensando até onde alguém pode aguentar em nome do amor? Pois Marley, colocava todos os dias o amor de John e Jenny à prova com suas confusões e inusitadas situações. Mesmo assim, eles amavam-no com todas as forças e mantinham um cuidado excepcional com ele. Este sentimento de extrema dedicação, em que o amor está acima de qualquer defeito, me fez refletir muito e pensar se outros no lugar deles fariam o mesmo. E a cada página lida eu tinha mais certeza de que foi Deus quem guiou Marley à estes dois.
    Acredito que todos aqueles que já tiveram um cachorro sentiram o coração doer ao lerem os ultimos capítulos deste livro formidável e quem nunca teve a oportunidade de ter uma companhia canina, com certeza vai ficar com vontade ou pelo menos pensar seriamente nessa ideia.
     Já chorei com muitos livros, mas as lágrimas derramadas neste foram completamente diferentes de qualquer outra. As lágrimas eram de emoção sim, mas muito mais que isso, eram de felicidade por saber que Marley teve a sorte imensa de encontrar donos tão amorosos quanto John e Jeny. Que eles puderam lhe proporcionar uma vida linda, cheia de aventuras, repleta de muito amor, carinho, compreensão e imensa dedicação.
    Este livro não só entrou para minha lista de favoritos como também ficará para sempre marcado na minha memória, pois foi através dele que confirmei minha tese de que o amor vence tudo, supera qualquer obstáculo, faz seus defeitos paracerem mínimos perto de todo o companheirismo e dedicação que um ser pode dispensar a outro.
   Recomendo a leitura e acredito que ele possa mudar a visão do que é ser companheiro de muitas outras pessoas, assim como mudou a minha. Marley pode não ter sido um exemplo de cão, mas com certeza foi o mais perfeito companheiro que qualquer cão poderia ser.

   Bem pessoal, eu sei que minha resenha está mais emocional que qualquer outra que já fiz, mas definitivamente este livro me tocou, me fez pensar por dias, noites e até agora não consigo imaginar como tal história pôde permanecer viva dentro da minha cabeça de maneira tão completa. Foi como se eu tivesse conhecido Marley e vivido com ele, além do mais, saber que tudo aquilo não era ficção me propiciou um sentimento ainda maior. 
   Chorar com uma cena imaginada pelo autor, é uma coisa mas chorar com algo que foi real e está sendo relembrado é totalmente diferente. Sei que esta história vai ficar por muito tempo martelando em minha cabeça, me fazendo rir de algumas cenas e ficar extremamente triste ao lembrar de outras, por isso não poderia deixar de dizer que Marley foi sim um ótimo cachorro!!!
    Espero que tenham gostado, desculpem-me pelo enorme post  e pela resenha ter saído tão íntima, mesmo assim aguardo os coment's de vocês, um grande beijo e até a próxima! =^_^=


3 comentários:

  1. Parabéns pela nova coluna.
    Espero que você leia muitos livros que te dêem catarse. rs.
    O livro Marley & eu, pra mim também foi bom. Mas me fez chorar muito. Parecia uma louca lendo o livro e chorando. rs. Mas no final das contas foi muito bom. Melhor do que o filme.

    bjs.

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  2. Gil com certeza essa é uma leitura indispensável para todos que gostam de cachorro. Confesso que vi o filme 1° mas o livro tbém me tocou demais. Esse termo Catarse me lembrou uma professora que tive na faculdade que me apresentou muito livros interessante e ficou inesquecível para mim =)
    Outros livros além de Marley e eu que li e senti catarse foram:O castelo de vidro, o segredo e A cabana ... sempre me pego lembrando de algo que aprendi neles!!!! Parabéns pela nova coluna =)

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  3. Adoro Marley e Eu, realmente emociona muito, unico livro com o qual eu ja chorei

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