#Li e Registrei# O Diário Roubado, de Régine Deforges

09 agosto 2011

    Oi pessoas, devo confessar que estava meio baixo astral esses dias e não postei nada por pura falta do que falar. Sabe quando ficamos meio perdidos, sem ter o que dizer, ou mesmo tudo que dizemos parece não ter sentido algum? Pois é, foi isso que ocorreu comigo durante esses dias. Até tentei escrever vários posts, pois eu tinha alguns já rascunhados, mas no final nenhum saiu do jeito que eu queria, então eu desistia de postar.
    Hoje fiz uma nova tentativa, entretanto, se o post estiver meio pra baixo, não liguem, pois a autora dele é que ainda não levantou o astral.
     Mesmo assim, vou tentar ao máximo ok!

    Eu estava terminando de ler Uma crença silenciosa em anjos (que brevemente postarei aqui) quando dei de cara com o livro: O Diário Roubado na estante da biblioteca. Fiquei curiosa quanto ao conteúdo, pois um romance que diz respeito a um "diário roubado", parece-me bastante tentador, afinal, só o fato de se tratar de um diário já instiga a curiosidade, visto que a existência do mesmo, resume-se unicamente em guardar os segredos não revelados. 
    Claro que após ler a sinopse do livro e examinar suas pouquíssimas páginas, o interesse aumentou e por fim, acabei esquecendo minhas prioridades para aventurar-me nas páginas clandestinas deste livro quase inresistível.
    Nunca tinha ouvido falar desta autora, mas ao ter contato com sua obra, concluo a notável intensão em manter um enredo repleto de sensualidade, inocência, pudor e ao mesmo tempo, cheio de tensão. Não tenho ideia se este estilo se mantém nas outras obras dela,  mas fica claro, pelo menos no decorrer da leitura deste livro, que o fator curiosiadade mantém-se presente do início ao fim, pois foi assim que fiquei ao ler o livro, totalmente curiosa por saber o destino da personagem principal. 
    Então vamos conferir um tiquinho deste romance meio polêmico...


Editora: Record 
ISBN: 850104687-6 
Ano: 2000
Páginas: 140 
Classificação: 
Sinopse: Em O Diário Roubado, Regine Deforges narra, em uma linguagem delicada, o desabrochar dos sentimentos e da sexualidade entre adolescentes. O cenário é uma cidadezinha do interior da França. Léone ama Mélie, sua amiga do colégio; mas também gosta de Jean-Claude, mas a situação fica difícil quando alguem rouba seu diário. A autora consegue transmitir nessa história os intensos conflitos vividos pelos personagens, suas famílias e a própria sociedade.



    Léone é uma jovem de 15 anos cheia de vida, sentimentos e questionamentos sobre o mundo que a cerca. Vive uma vida repleta de dúvidas e desejos como qualquer adolescente na sua idade, entretanto, difere das outras garotas, por dividir com um diário, todos os sentimentos e momentos de prazer compartilhados com outra adolescente, Mélie.
    Moradora de uma cidade pequena e puritana demais para aceitar tal relação, cai nas garras reprovadoras de todos os moradores depois que seu diário é roubado e seu conteúdo é revelado. Os segredos resgistrados no diário provocam uma reação quase unânime e Léone passa a ser exposta à humilhações constantes, preconceitos e até mesmo agreções físicas.
    Sem compreender o porquê de tanta revolta, já que considera que seu amor por Mélie não prejudica e nem fere ninguém, tenta em vão, manter sua rotina, mas a cada novo dia ela percebe que a exposição de seu diário toma proporções maiores e não há como ignorá-las.
    Mesmo sofrendo com a desaprovação das pessoas, afastada de tudo aquilo que gosta e proibida de aproximar-se de Mélie, Léone não deixa abater-se pela hipocrisia e mantém vivos seus sentimentos e sua opinião, mas são as ínúmeras circunstâncias que irão definir seu futuro.
    A história é uma mistura de inocência, prazer e valores, dos quais muitos deles são cultuados até hoje. O enredo nos dá uma pequena amostra do quanto é difícil lutar pela liberdade de amar num lugar que mantém uma visão preconceituosa das relações que não seguem o padrão imposto pela sociedade.
    Ao ler O Diário Roubado, automaticamente nos remete a uma questão tão simples, mas inquisitiva: "Será que estamos realmente preparados para aceitar a todos os tipos de manifestações amorosas ou mesmo teríamos toda a coragem que Léone teve, para lutar por um amor?"
    Pois é, não basta apenas ler, é essencial  refletir sobre aquilo que foi lido, aproveitar as mensagens passadas e abrir os olhos para as novas realidades, tão reveladoras e cada vez mais presentes em nosso dia a dia.

    Espero que tenham gostado. A história é bem simples, mas a mensagem é importantíssima.
Aguardo os coment's, um grande beijo e até a próxima!


   




5 comentários:

  1. Que livro bacana flor! É um assunto bem complexo por mais que a liberdade de escolha esteja mais "aberta". A tradição e os costumes estão enraizados na cultura. Eu confesso que tenho certo preconceito ainda, é difícil estar aberto à todo tipo de manifestação de amor e às vezes eu me sinto constrangida. Por nascer em um lar mais tradicional e tudo o mais.. Mas sempre respeitei a escolha de todo mundo em qualquer âmbito de suas vidas... ;)

    Adorei a resenha!
    xoxo

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  2. @jessicaasato# Pois é Jeh..acho que o mundo ainda não está preparado para as mudanças bruscas né? Eu sou bem desencanada sobre este assunto,as vezes fico meio sem jeito quando vejo demonstrações fervorosas de carinho entre pessoas do mesmo sexo, mas pra mim o importante é todos encontrem a felicidade não importa como ou com quem.
    Que bom que gostou da resenha, achei tão xoxa!!!^_^

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  3. Oi Gilciany, menina vc ler tudo isso é? Faz tempo que eu não leio nadinha, agora sóvejo meus artigos da faculdade e porque não tenho como escapar deles, hahahahaha. Obrigada pela sua visita tá? Tenha uma excelente quarta! *Ü*

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  4. @nikitaroraima# kkkk Leio sim Nikita...Até leio mais, mas ultimamente tenho tido um pouquinho de preguiça, mas vou ver se mando ela embora, pq tô ficando devagar na leitura.
    Eu sei bem, como é esse negócio de facu, terminei agora em junho e realmente não tinha tempo p ler nada que eu queria, só as leituras obrigatórias da facu, que eram muitas.
    Mas cm fiz letras, adorava todos os livros, afinal eram de literatura, que eu amoooo.
    Fico feliz por vc ter me visitado. Um bjin.

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  5. Gilciany já mudei meu formulário de comentário tá? Assim não perco nadinha de vcs, kkkk. Bjokitas e obrigada por voltar lá. Xero e ótima quinta! *Ü*

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