#Li e Registrei# Chama Imortal, de Valentine Cirano

20 outubro 2011

   Oi genteee! Hoje finalmente saiu mais uma edição do "Li e Registrei"...pois é, eu sei que estou um pouco lerda com a leitura, mas realmente meu tempo diminuiu e a culpa toda é do meu trabalho que me consome até a alma! Ultimamente só tenho tido tempo pra ler à noite e no ônibus e fico extremamente chateada com essa questão. Acredito que assim que eu me organizar um pouco melhor, eu conseguirei deslanchar, mas enquanto isso, vamos a resenha!

Editora: Reflexão
ISBN: 9788561859329
Ano: 2010
Páginas: 340
Classificação: 
Sinopse: O belo romance "Chama Imortal" mostra que o verdadeiro amor não somente permanece por uma vida, mas dura para sempre. Através de uma bela ficção, a autora narra a estória de um casal (Nivar e Lohanna) que encontrará no transcorrer da vida a maior recompensa de nossa temporal existência, a saber o amor. Afinal, o verdadeiro amor transpõe os liames da existência humana, se perpetuando por gerações na eternidade. Nem o tempo nem a distância podem apaga a chama mortal da paixão.
 
   Habis era um velho guerreiro, distinto e sábio que num belo dia resolveu escolher entre seu povoado 8 crianças para que ele próprio as treinasse, afim de obter um grupo de guerreiros fortes e poderosos que pudessem defender seu povo em tempos de guerra. Escolheu as crianças e passou a ser seu tutor e treinador, na árdua tarefa de transformá-las em guerreiros corajosos, fortes e  habilidosos. 
    Foi através deste grupo de guerreiros, composto por sete meninos e apenas uma menina que Nivar e Lohanna , conheceram-se  e apaixonaram-se. Desde cedo Lohanna já mantinha um sentimento muito forte em relação a Nivar e ele foi despertando o mesmo, na medida em que ela perdia os ares de criança e tornava-se uma bela mulher.
   Lohanna era uma guerreira habilidosa e corajosa, mas também era dona de uma beleza esplendorosa, sendo cobiçada por quase todos os outros guerreiros do grupo, no entanto, ela só tinha olhos para Nivar. Desde cedo apaixonou-se por ele e entregou-se a um amor forte que preencheu todo o seu coração.
   Nivar por sua vez, sempre destacou-se entre os outros por sua bondade, coragem, extrema habilidade e espírito de liderança. Seu coração sempre foi voltado ao grupo e tudo o que ele pensava levava ao bem de todos. Só conseguiu enxergar Lohanna e admitir seu amor por ela, ao ver que ela havia crescido e tornado-se mulher.  E após permitir que o amor que ele tanto relutara em sentir, dominasse seu coração, ele e Lohanna casaram-se e passaram a viver dias de extrema alegria.
   Eles tinham tudo para serem felizes, até que Habis os convenceu a procurarem nas montanhas, o templo do deus Achi, o deus da morte, que concedia o dom da imortalidade àqueles que cumprissem com precisão, todas as provas que lhes fossem impostas.
   Ao partirem em busca do templo de Achi, não imaginavam o que o destino estava lhes reservando. Eles não conseguiram cumprir todas as provas impostas pelo deus da morte e ao invés de obterem a   imortalidade plena, foram amaldiçoados pelo deus. 
   Nivar e Lohanna não poderiam viver mais juntos, pois se ficassem perto um do outro, seus corações inchariam até explodirem, matanto a ambos. Para serem imortais, eles teriam que viver separados pelo resto de suas vidas. A partir deste momento, Nivar e Lohanna passaram a viver separados e cada vez que eles encontravam-se sentiam uma dor terrivel no peito que os forçava a se afastarem outra vez.
   Lohanna tinha muito medo de entregar sua vida para a morte e não queria em impótese alguma renunciar a imortalidade parcial que o deus Achi lhe concedera, mesmo que esta lhe fisesse viver longe de seu grande amor. 
   A atitude de Lohanna consumia Nivar, pois ele não se importava em dar a vida se pudesse ficar para sempre perto dela. Ele sofria muito com a separação, mas tinha que aceitar tal situação, por estar condenado a viver para sempre, só podendo morrer se estivesse perto de sua amada.
   Os dois casaram-se diversas vezes e tiveram filhos, mas por serem imortais acabaram vendo a morte chegar para todos sem poder fazer nada. A vida já não fazia mais sentido, pois o amor verdadeiro não poderia ser desfrutado naquela vida, contudo Lohanna deveria tomar uma decisão e por um fim a maldição que os cercava. É a partir daí que ela vai descobrir que nós sempre podemos fazer boas escolhas, basta deixarmos de lado a vaidade  e orgulho e ouvirmos a voz  do nosso coração.

"Às vezes, a decisão correta parece ser tão estranha ou até mesmo incorreta, pois muitas vezes não temos a visão clara das coisas. No entanto, se tiverdes o pensamento voltado para teu coração, saberás o que digo. Nossa visão da vida ainda é obscurecida pelos nossos medos e pela nossa incredulidade. Muitas vezes precisamos enxergar a vida com os olhos do coração, pois os olhos da razão podem nos levar a caminhos muito tortuosos. pense bem em tua vida, mas veja-a como um todo e não somente o agora. ( Chama Imortal, p. 228)"
   
   A história em si é muito boa, para quem gosta de romances medievais, este livro é perfeito, pois traz as batalhas, as lutas de espadas e as crenças nos deuses, além de narrar a história do amor incondicional entre Nivar e Lohanna durante décadas a fio. 
   Gostei da proposta da autora, principalmente por ela trazer esta questão das más escolhas que fazemos ao longo da vida de uma maneira leve, mas incisiva. Mas nem tudo foi flores e devo destacar também alguns pontos que acabaram divergindo a minha opinião.
  Primeiro, achei que a história voltava muito ao mesmo ponto, o que me deixou tremendamente frustrada, ou seja, passavam-se anos até que Nivar e Lohanna se encontrassem outra vez, mas quando isso ocorria era sempre a mesma coisa, ela ainda tinha medo da morte e propunha a separação para continuar viva. Além disso, a personagem era muito orgulhosa e em muitos momentos foi egoísta o que me levou a pensar que ela não amava o Nivar com a mesma intensidade que ele a amava. 
   Outra coisa que me deixou intrigada, é que ela dava muito mais valor à vida do que ao amor que ela tanto julgava sentir por Nivar. Creio que nesta parte o livro ficou a desejar, pelo menos pra mim, pois eu esperava mais da Lohanna e ela se revelou uma pessoa muito fraca para alguém que dizia amar incondicionalmente.
     O ponto mais relevante do livro foi a personalidade ímpar do Nivar que me cativou desde o primeiro instante. A força, a coragem, a determinação e o espírito de justiça formaram um conjunto de qualidades perfeitas para este personagem que desde o início demonstrou ter força não só fisica mas interior.
  Aproveitei as belas descrições que a autora fez e imaginei o seu físico belo no decorrer da leitura, minha imaginação foi tão longe que até pensei num possível filme com ele, tipo assim, um Hércules da vida (minha perdição). =)
  A linguagem clara e objetiva da autora também ajudaram bastante, pois a leitura fluiu de maneira rápida e natural. Enfim, o livro é bom, mas não tanto quanto eu imaginei, entretanto, se encaixa naquela velha questão que eu sempre digo aqui, cada um tem uma visão diferente de uma mesma coisa, então é conferir para saber se vocês vão gostar ou não da leitura.
   Espero que tenham gostado, um grande beijo e até a próxima! =^_^=

5 comentários:

  1. Adorei a resenha!
    E estou com muita vontade de ler esse livro, tenho certeza que vou gostar bastante!

    Beeijos,
    Ler e se Aventurar

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  2. Romances medievais estão na lista dos meus favoritos, com certeza. Nossa, eu logo lembro de Tristão e Isolda (que é lindo por sinal).
    O livro parece ser ótimo! Ainda não o conhecia... Mas pela sinopse e pela sua resenha parece ser bem interessante, apesar de você não ter achado tão bom quanto esperava.
    Vou colocar esse na minha lista de livros que eu quero ler. :)

    Um beijo,
    Luara - @luuara
    http://estantevertical.blogspot.com/

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  3. Nossa que resenha legal pude sentir o clima do livro e fiquei bem curiosa para ler =)
    Parabéns miga por mais essa resenha =)

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  4. Oi, Gil!

    Gosto de histórias medievais e fiquei muito curiosa a respeito desse livro, com vontade de ler. Espero ter a oportunidade.

    Beijo grande!

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  5. Bem diferente a sinopse né? Já li "Impacto fuminante" da mesma autora e gostei.Acho que gostaria desse também.

    Ótima resenha Gil :D

    http://ohmydogestolcombigods.blogspot.com/

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